Da coluna Política, no O POVO deste sábado (12), pelo jornalista Érico Firmo:
O fim de mandato de Luizianne Lins (PT) tem índices bastante
semelhantes – com inclinação para pior – na comparação com período
similar do último mandato do ex-prefeito Juraci Magalhães (1997-2004).
Na pesquisa Ibope, encomendada pelo PSB, a prefeita de Fortaleza tem
percentual de 20% de ótimo e bom. Também pelo Ibope, em junho de 2004, o
ex-prefeito tinha 21%. Já quanto ao percentual de ruim ou péssimo, a
atual gestora tem 48%. Seu antecessor tinha 43% quase oito anos atrás.
Ela alcança índice regular para 32% dos entrevistados. Ele tinha 37%.
Cenário nada alentador para o PT: o candidato apoiado por Juraci,
Aloisio Carvalho (PMDB), foi apenas quinto colocado na eleição que levou
Luizianne ao Paço Municipal.
Em 2008, não foram feitas pesquisas a essa altura do período
pré-eleitoral. Mas Luizianne estava em situação melhor que a atual nos
levantamentos realizados tanto em momento anterior quanto posterior. Em
dezembro de 2007, no Datafolha, seu governo era considerado ótimo ou bom
por 33% da população. O índice de ruim ou péssimo era de 36%. A
pesquisa seguinte só foi realizada com a campanha em andamento. Entre
julho e agosto de 2008, o Ibope mostrava Luizianne com 34% de ótimo ou
bom e 26% de ruim ou péssimo.
Na eleição passada a recuperação de Luizianne foi rápida. Hoje,
porém, o cenário é pior. Em relação à primeira consulta, o tempo é
menor. Além disso, ela não é a candidata. Não basta melhorar os
indicadores. É preciso transferir popularidade para um candidato que,
seja quem for, será menos conhecido que ela. A tarefa não é impossível,
mas é árdua. Hoje, parece mais provável a vitória de um adversário que a
do candidato oficial.
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