Brasília – O PSDB definiu, nesta terça-feira (5), as datas de suas convenções que escolherão, em 2013, os dirigentes da legenda nas esferas federal, estadual e municipal. A convenção nacional ocorrerá no dia 25 de maio, e em âmbito estadual e municipal, nos dias 28 de abril e 24 de março, respectivamente. O anúncio foi feito durante reunião da Comissão Executiva do partido, em Brasília.
Os novos dirigentes terão mandatos de dois anos, com direito a uma reeleição. O atual presidente da sigla, deputado federal Sérgio Guerra (PE), já cumpre seu segundo mandato e, por isso, transferirá o comando da legenda a outro filiado.
Também na reunião da Executiva, o PSDB confirmou a realização de um novo encontro, provavelmente nas próximas semanas, para discutir a situação de seus diretórios regionais. O partido avalia que serão necessárias algumas ações pontuais em municípios nos quais seus candidatos não obtiveram o desempenho esperado nas eleições de outubro. Outros pontos que devem ser temas de debate a curto prazo são o programa e o estatuto da legenda.
Na avaliação de Guerra, o PSDB alcançou vitórias importantes na disputa municipal. A aprovação registrada em regiões que administra converteu-se em sucesso eleitoral, de acordo com o deputado. Na contramão, segundo o dirigente, o PT passou por derrotas em locais onde esperava vitórias substanciais. “O modelo do PT está se esgotando”, disse.
Inovação e mudança
Os dirigentes tucanos também enfatizaram que o partido vive um momento positivo – mas, apesar disso, precisa consolidar sua imagem junto à população para que seja cada vez mais identificado como a principal alternativa de poder no plano federal.
Os dirigentes tucanos também enfatizaram que o partido vive um momento positivo – mas, apesar disso, precisa consolidar sua imagem junto à população para que seja cada vez mais identificado como a principal alternativa de poder no plano federal.
O deputado federal Jutahy Junior (PSDB-BA) ressaltou que, a despeito da postura histórica do partido, o PSDB não detém o “monopólio da oposição” brasileira. “Temos que passar à população que nós representamos a melhor alternativa de mudança”, declarou.
A opinião foi compartilhada pelo vice-presidente da sigla, o ex-governador paulista Alberto Goldman. Para ele, a aproximação de diferentes segmentos da sociedade é o caminho que o PSDB deve traçar na busca do fortalecimento de sua imagem. “Precisamos mostrar aos brasileiros o que nós defendemos, explicar os pontos de nosso programa. Essa é uma obrigação pós-eleitoral do partido”, afirmou.
A secretária-geral do PSDB de Pernambuco, Terezinha Nunes, explicou que a aproximação com os diversos extratos sociais passa também pela valorização dos administradores das cidades. “Os prefeitos estão à míngua. O governo federal quebrou as prefeituras, investindo em políticas equivocadas, concentrando recursos”, copmentou.
Governo federal
Os tucanos avaliaram o governo federal e as políticas empreendidas pelo PT. Para Sérgio Guerra, a gestão petista tem como principal prejudicado o nordeste do país. Ele enfatizou que o país vive uma carência de obras e exemplificou o projeto de transposição do Rio São Francisco, cujos gastos e conclusão já superam e muito o anunciado previamente pelo executivo.
Os tucanos avaliaram o governo federal e as políticas empreendidas pelo PT. Para Sérgio Guerra, a gestão petista tem como principal prejudicado o nordeste do país. Ele enfatizou que o país vive uma carência de obras e exemplificou o projeto de transposição do Rio São Francisco, cujos gastos e conclusão já superam e muito o anunciado previamente pelo executivo.
Observou ainda que a política nacional sente os efeitos do caso do mensalão – e destacou que o caso, apesar do julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), ainda não está concluído. “Essa é a maneira petista de construir suas bases. Onde houver PT, há mensalão”, declarou.
Para o vice Alberto Goldman, os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff foram incapazes de reverter o quadro de crise pelo qual passa a economia nacional. “O PT não foi capaz de trazer vitórias econômicas para o país. Incorporaram a agenda que o PSDB implantou com Fernando Henrique – mas de maneira disforme e ‘dolorosa’. Não apresentaram nada de novo.”
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