As denúncias de que o ministro dos Esportes, Orlando Silva, recebia propina de entidades do programa Segundo Tempo continuam repercutindo na Assembleia Legislativa. Ontem, deputados de partidos de oposição ao Governo Dilma Rousseff ressaltaram que esse é mais um caso de corrupção envolvendo um ministro da atual gestão.
O deputado Fernando Hugo (PSDB), que levou o assunto à tribuna da Casa, avalia que "para o lado que se vire, o ministro estará sujando o governo Dilma", lembrando que a presidente da República já tirou das mãos de Orlando Silva o comando e as negociações para a Copa do Mundo de 2014.
Dilma Rousseff resolveu tirar do ministro o posto de interlocutor do governo nas negociações do evento e na tramitação da Lei Geral da Copa no Congresso. Agora, tal incumbência ficará ao cargo da chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. "A presidente, já tendo dito que a Copa é responsabilidade de Governo, avoca para si ou para alguém de sua confiança, a administração do evento", observou o tucano.
O deputado Fernando Hugo (PSDB), que levou o assunto à tribuna da Casa, avalia que "para o lado que se vire, o ministro estará sujando o governo Dilma", lembrando que a presidente da República já tirou das mãos de Orlando Silva o comando e as negociações para a Copa do Mundo de 2014.
Dilma Rousseff resolveu tirar do ministro o posto de interlocutor do governo nas negociações do evento e na tramitação da Lei Geral da Copa no Congresso. Agora, tal incumbência ficará ao cargo da chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. "A presidente, já tendo dito que a Copa é responsabilidade de Governo, avoca para si ou para alguém de sua confiança, a administração do evento", observou o tucano.
Bandido
Enquanto o ministro alega que o policial militar João Dias Ferreira, quem denunciou Orlando Silva, é um bandido, Fernando Hugo questiona como uma pessoa de caráter duvidoso entrou para os quadros do PCdoB e chegou a concorrer a uma eleição pelo partido. "Como esse delinquente, bandido, criminoso João Dias, até candidato pelo PCdoB foi?", perguntou.
O deputado defende a exoneração do ministro, entendendo ser uma questão de tempo para que a presidenta o demita. Fernando Hugo lembrou que essa não é a primeira vez que o ministério comandado pelo PCdoB recebe denuncias de corrupção.
O deputado tucano aponta que ocorreu superfaturamento nas obras dos jogos Panamericanos, realizados na cidade do Rio de Janeiro em 2006, quando eram previstos gastos de R$ 400 milhões, mas terminou em R$ 4 bilhões. "Governo mais cheio de marmota não existe na história humanidade", pontuou.
Para o deputado estadual Moésio Loiola (PSD), "não há Lula que salve o ministro" dessas acusações, recordando ter sido o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o responsável por ter colocado Orlando Silva no Ministério dos Esportes.
CríticasO deputado estadual Lula Morais (PCdoB), que já havia defendido Orlando Silva no dia anterior, voltou à tribuna para rebater as críticas levantadas contra o ministro. Mais uma vez, o parlamentar frisou que o PM João Dias é um criminoso e quem afirma isso, atenta, é a Justiça, lembrando que o policial já foi acusado de liderar uma quadrilha de falsificação de notas fiscais do Ministério.
Lula Morais entende que esse episódio traz desgastes não apenas para o seu partido, mas também para o Governo. "Sai perdendo o ministro, sai perdendo o PCdoB, perde o Governo e, principalmente, a sociedade brasileira, que está colocando em cheque uma pessoa que tem a conduta ilibada, e um partido que tem história", defendeu o parlamentar.
O líder do governo, deputado Antônio Carlos (PT), saiu em defesa do seu partido, pontuando que, apesar das denuncias que derrubaram cinco ministros, elas são apuradas e os culpados são demitidos, questionando se o mesmo era feito em governos passados, como o do PSDB, quando, aponta, "as coisas ficavam escondidas e não havia punição".
Fonte: Diário do Nordeste
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