Brasília. Aos gritos de "Brasil, pra frente, Eduardo presidente", por parte de militantes partidários, o PSB abriu ontem o 12º Congresso do partido, em Brasília, mostrando que inicia ofensiva para se desvincular do PT nas eleições presidenciais de 2014 e até ter uma candidatura própria. Ou, se repetir a aliança, ter cacife suficiente para tomar o posto de vice, hoje com o PMDB.
Para tanto, o objetivo do PSB é crescer nas eleições municipais do ano que vem. Eduardo Campos disse que o partido participará do pleito em 4 mil municípios, com cabeça de chapa em cerca de 1,5 mil. Nas contas do partido, será possível eleger perto de 500 prefeitos. Hoje, o PSB tem 302. O partido faz as contas. Quando Luiz Inácio Lula da Silva venceu a eleição em 2002, o PT fez 292 prefeitos.
"Nosso partido foi o que mais cresceu em 2008, em 2010 e será também o que mais crescerá em 2012", proclamou Campos. Ele deve ser reconduzido será reconduzido à presidência do partido hoje. Segundo informações de bastidores do PSB, para crescer, o partido decidiu abrir o leque de alianças no ano que vem. Fará parcerias com os aliados tradicionais, como PT, PC do B e PDT, além do recém-criado PSD e do PSDB.
Presidência
Embora já tenha sido procurado por integrantes da direção do partido que o consultaram sobre a possibilidade de se candidatar a presidente em 2014, Campos preferiu dizer que, por enquanto, vai esperar o resultado das eleições de 2012. Ele se sente em dívida com o ex-presidente Lula, que o nomeou ministro da Ciência e Tecnologia logo depois que a Justiça o inocentou do processo de fraude em precatórios. Lula o ajudou a se eleger governador de Pernambuco em 2006.
Nos bastidores, o governador tem dito que se sente numa encruzilhada. De um lado, deve fidelidade a Lula e, por extensão, a Dilma Rousseff. Por outro, vê-se ser fortalecido por um partido que cresce e por incentivos para que se candidate talvez não em 2014, mas em 2018, vindas do próprio Lula.
Fonte: Diário do Nordeste
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