Brasília – O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), avalia que a divulgação do Livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., visa encobrir os escândalos de corrupção no governo do PT.
“O livro é distribuído num instante em que o governo federal sofre o desgaste de denúncias que contra ele foram feitas pela imprensa, por toda a imprensa brasileira, e que já vitimou alguns ministros. Nesse instante, (as denúncias) ameaçam um ministro do Partido dos Trabalhadores e, seguramente, pode continuar (a ameaçar) outros ministros”, afirma Sérgio Guerra.
A declaração foi feita em entrevista ao blog de Josué Nogueira, do Diário de Pernambuco.
Leia os principais pontos da entrevista.
Sobre obra e autor
“É uma velha denúncia, velha ameaça que agora surge, outra vez, na forma de um livro distribuído e à venda nos últimos dias. Primeiro é importante dizer que o autor do livro não recomenda o livro. Não se trata exatamente de um profissional, muito menos uma pessoa isenta, cuja palavra mereça muita consideração”.
Interesses do governo
“Segundo: o livro é distribuído num instante em que o governo federal sofre o desgaste de denúncias que contra ele foram feitas pela imprensa, por toda a imprensa brasileira, e que já vitimou alguns ministros. Nesse instante, (as denúncias) ameaçam um ministro do Partido dos Trabalhadores e, seguramente, pode continuar (a ameaçar) outros ministros. Ministros sobre os quais já há expectativas de denúncias correndo na imprensa brasileira que vale a pena ler e que tem responsabilidade e conteúdo”.
Fatos e dossiês
“Do ponto de vista político, a publicação desse livro a quem interessa? Interessa aos que estão sendo atingidos. E (estes) não estão sendo atingidos necessariamente pela oposição. Estão sendo atingidos pelos fatos que a imprensa publica e que a oposição repercute. Na verdade, a orientação nossa foi de nunca dar repercussão a dossiês. Há uma indústria de dossiês. Já houve um, dois e três e, rigorosamente, nenhuma conclusão sobre eles. Todos motivados por conteúdos políticos conjunturais e, que na verdade, se esgotam com brevidade”.
Imagem de Serra
“Não acredito que repercuta (o livro) além do limite, no espaço da sua insignificância. (A veiculação das denúncias) se dá agora publicada numa revista (Carta Capital) e num livro que não são exatamente formadores de opinião pública, e além do mais, sobre uma personalidade de dez, 20, 30, 40 anos de vida pública inatacáveis. Serra já foi candidato a presidente da República duas vezes, candidato a prefeito, foi prefeito, governador, ministro, senador e denúncias contra ele nunca lhe afetaram. Não vai ser essa agora que vai mexer com ele e muito menos com o conceito dele”.
Resposta a Humberto
“Ao mesmo tempo em que Humberto (Costa, senador do PT) defende que tudo seja investigado, o ministro Fernando Pimentel está blindado e do ponto de vista do PT não precisa prestar esclarecimentos. E há uma ameaça do Supremo Tribunal Federal não ter tempo para examinar o mensalão. Essa é uma discussão que não leva a lugar nenhum. Entendo que Humberto está cumprindo o papel dele, o respeito em relação a isso, mas, efetivamente, é um discurso partidário. Não é um discurso no qual ele fala pelo país, pelo Estado brasileiro ou pelas instituições”.
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